Ferroviário(C)/PE [BRA] | ||
Aktualisiert in 10/09/2022 | ||
![]() | ||
Offizieller Name | ||
Ferroviario Esporte Clube do Cabo | ||
Stiftung | ||
12/18/1961 (63 Jahre alt) | ||
Aktueller Status | ||
Lizenziert | ||
Adresse | ||
Rua Armando José Sales, 86 Centro - Cabo de Santo Agostinho - Pernambuco Postleitzahl: 54510-480 Brasilien ![]() ![]() | ||
Telefon | ||
(81) 3521-6442 | ||
Rückblick | ||
Klicken Sie hier, um alle Meisterschaften mit der Teilnahme dieses Teams zu sehen | ||
Rangliste Team | ||
Ferroviário(C) | ||
Steuernummer | ||
11.333.382/0001-91 Klicken Sie hier, um Details anzuzeigen | ||
Stadien als mandanting (Übereinstimmungen registriert) | ||
Geschichte | ||
Antes de mais nada, uma advertência aos leitores: a matéria a seguir trata-se de tudo o que um time de futebol e claro, seus jogadores não deveriam ser e/ou fazer. Pior ou seria melhor? ainda quando a tal agremiação foi campeã da Terceira Divisão e empatou com o Náutico. Isto posto, já podemos dar nome aos bois. Estamos falando do Ferroviário Esporte Clube do Cabo, um time em que o artilheiro é cobrador de ônibus o zagueiro, que às vezes faz-se de volante e até de atacante, é auxiliar de conferente da Brahma; e o próprio técnico labutava na xaroparia da mesma fábrica de gaseificados e fermentados. Entretanto, a lista não pára por aí. Dos 20 jogadores do elenco do alviverde cabense, oito pegam no pesado diariamente às vezes até nos fins de semana e os outros 12 vivem de brisa. Aí vai a relação dos operários-padrão: Leléu (o cobrador), Martiniano (o auxiliar de conferente), Iran (volante e militar), Sandro (lateral e militar), Ricardo (lateral e operador de máquinas), Clérisson (atacante e mecânico industrial), Jairo (meia e mototaxista) e Ednaldo (goleiro e atendente). Como é de se esperar, os treinos acontecem no horário em que todo o mundo deveria estar descansando, à noite, e sem a presença dos trabalhadores. Claro, tudo com o consentimento e compreensão do professor Erinaldo José do Nascimento, o Nino. Para se ter uma idéia, o zagueiro Martiniano, que ganha parcos R$ 320,00 mensais, só bateu ponto em dois treinos este ano, sem dúvida um recorde. Não dava para ir, vou fazer o quê?, questiona entre risos o curinga do time, que jogou de centroavante contra o Náutico. O técnico reconhece que não pode fazer nada a não ser aceitar, pois como o Ferroviário ainda é amador, não paga salário aos jogadores. O mais complicado poderia ser administrar a fogueira das vaidades, pois justamente os oito que trabalham são titulares. Fosse num time profissional, era chiadeira certa por parte dos assíduos batalhadores. Mas no Ferrim, o buraco é mais embaixo. Somos todos amigos e temos consciência de que eles são sacrificados, reconhece o meia Geraldo, desempregado. No dia dos jogos é que o negócio fica mais complicado. Mas aí entra em campo a talvez mais eficiente tática da equipe, a lábia. Nino e companhia limitada já fizeram amizade com todos os supervisores, chefes e sargentos possíveis e, até agora, ninguém deu bolo na hora de jogar. Quando tem jogo, eu troco de horário com algum colega, diz o atacante Leléu. Na final da Terceirona, inclusive, até a Secretaria de Educação do Cabo entrou em ação para garantir os onze titulares em campo. Claro que ninguém joga sozinho e não é com a lábia dos ferroviários que a história será diferente. O grande parceiro para driblar superiores e correlatos é a idolatria dos colegas. Meu patrão sempre elogia muito meu futebol, conta Martiniano. Quando qualquer um deles aparece na televisão é sempre, aquela zona, como costumam dizer. PROFISSIONAIS É tudo muito bonitinho e romântico, mas a partir do ano que vem o negócio vai mudar. Para disputar a Segunda Divisão do Campeonato Pernambucano, a FPF obriga os clubes a tornarem-se profissionais. Tradução: o Ferroviário agora precisará de uma diretoria organizada, inscrever os atletas na Federação e, o que parece o maior desafio, pagar salários. O técnico-dono Nino garante que vai cumprir com todas as obrigações mas não quer ver ninguém fora do emprego e corre atrás de novos patrocinadores. Atualmente eles têm que virar-se com os caraminguás da Prefeitura do Cabo e a ajuda de um amigo empresário, dinheiro suficiente para compra de materiais e auxiliar atletas desempregados. Enquanto a Segundona não chega, o Ferrim se vira como pode. Todas as decisões são tomadas na sede-salão-de-festas-ponto-de-encontro Bar do Chico. Mas é bom que a profissionalização venha logo, pois já tem gente a ponto de interromper a carreira de boleiro. Vai chegar uma hora que terei que pensar em jogar ou trabalhar, pontua o lateral-esquerdo Miga. Até zagueiro bêbado já jogou no time do Cabo. Num esquema tão livre (pode-se dizer assim) como o do Ferroviário, é quase impossível não aparecerem casos que, inclusive, já passaram à história do time, a começar pelo regime tipo família, adotado desde a fundação, em 1961. Naquele ano, Argemiro José Nascimento criou o Ferroviário Esporte Clube do Cabo, mais para os nove filhos homens jogarem do que qualquer outra coisa. Às vésperas do 40º aniversário, o clube é presidido pela viúva de seu Argemiro, Edite do Nascimento, 69 anos. Presidenta, aliás, que marca presença em todos os jogos e reclama do filho-técnico quando é preciso. Quando ele erra, eu reclamo mesmo. Todo o mundo tem que me pedir a bênção, conta, entre sorrisos. | ||
Titel | ||
| ||
Präsidenten | ||
| ||
Logos in der Zeitleiste | ||
Klicken Sie hier, um die für dieses Team verwendeten Logos und Städte in der Zeitleiste anzuzeigen | ||
Vorheriges Logo(s) | ||
![]() ![]() |